APRESENTAÇÃO

Edifício onde funciona o Laboratório Bioetanol

O estudo do processamento da biomassa lignocelulósica, visando a obtenção de xaropes de biomassa, iniciou-se em meados dos anos 70 em dois laboratórios do Rio de Janeiro, localizados no Instituto Nacional de Tecnologia (INT-MCT) e no Instituto de Química da UFRJ, ambos coordenados pelo Prof. João Consani Perrone.

Ao longo de vários anos, estes laboratórios formaram recursos humanos e desenvolveram os fundamentos desta área no Brasil. Com a subsequente queda no preço do petróleo, muitas das atividades de pesquisa destes laboratórios foram descontinuadas, permanecendo, entretanto, latente a importância dos estudos realizados.

O laboratório do IQ/UFRJ, após o falecimento do Dr. Perrone, em 1979, passou a ser coordenado pela Profa. Elba P. S. Bon, com foco na produção e uso de enzimas industriais, passando a chamar-se “Laboratório de Tecnologia Enzimática – ENZITEC”.

Os estudos do uso e da produção de enzimas e, particularmente, o estudo de celulases para a hidrólise da biomassa impulsionaram as pesquisas sobre bioconversão de materiais lignocelulósicos e garantiram a formação de uma massa crítica de professores e pesquisadores de diversos programas de PG da UFRJ e de Laboratórios do INT em torno do assunto.  A tradição de pesquisa nesta área justificou a construção, no campus da UFRJ, de um novo laboratório, Laboratório Bioetanol (LB), dedicado, exclusivamente, ao estudo do processamento de biomassa.

Profª Elba assina os documentos, oficializando a construção do Laboratório Bioetanol

O LB foi inaugurado em agosto de 2013 visando reunir, em um mesmo espaço físico, as principais etapas do processamento da biomassa, favorecendo a sua integração. O LB é fruto de uma parceria entre o Instituto de Química e a COPPE, tendo sido financiado pela FINEP e com colaboração do governo do Japão (Japan International Cooperation Agency – JICA).

O LB atua como extensão do Laboratório de Tecnologia Enzimática/IQ, onde permanecem os projetos de bioconversão de limoneno e produção de asparaginase, e tem infraestrutura para abrigar mais de 30 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, além de alunos de PG, de IC e técnicos de empresas interessados nas tecnologias destinadas ao processamento da biomassa. Adicionalmente, o LB tem parcerias estabelecidas com empresas brasileiras e internacionais representativas da área de energia.